escritor poeta, radialista,

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Mais um planeta fora do Sistema Solar pode ter água: por que ele é diferente dos outros?

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REPRODUÇÃO/NASA

Planetas que, apesar de não orbitarem o sol (como faz a Terra), possuem algumas condições favoráveis à vida são chamados de exoplanetas e andam sendo descobertos aos montes.
Mas, o GJ 1132 b parece ser diferente: além de ter as medidas mais próximas com as do nosso planeta, acredita-se que ele também tenha água e metano nas mesmas proporções da Terra. E mais: oxigênio.
Ao contrário do planeta Proxima b, por exemplo, que apesar de ser parecido com a Terra e também conter água, ainda não demonstrou vestígio de oxigênio, ou o GJ 1214 b, que é muito maior que o nosso planeta (cerca de sete vezes) e chega a ter mais água, mas sem as proporções necessárias, e também sem oxigênio.
"Pode ser a primeira vez que detectamos oxigênio em um planeta rochoso fora do sistema solar", disse Robin Wordsworth, o co-autor do estudo sobre o exoplaneta, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado no periódico científico The Astrophysical Journal, para a Nasa.
De acordo com a pesquisa, ele fica a 39 anos-luz da Terra (1 ano luz = 9,46 trilhões de quilômetros), uma distância considerada pequena se comparada com a dos outros planetas que têm indícios de água. E isso, aliado com o fato dele orbitar uma estrela-anã do tipo M, com temperaturas mais frias, permite seu estudo mais detalhado.
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A partir da estimativa da sua densidade (que é a relação entre o peso do objeto e o volume, uma medida que indica a quantidade de matéria que existe em um determinado espaço), foi possível supor a sua composição. Contando que exista mesmo vapores d'água nele, o modelo sugere que o planeta seja um oásis espacial úmido, com uma porção de água envolvendo um centro rochoso.
"O próximo passo é fazer observações com telescópios maiores, e telescópios espaciais, com […] uma resolução muito melhor", explica John Southworth, professor de astrofísica na Universidade de Keele, na Inglaterra, e autor principal do trabalho, como reportado pelo site de notícias científicas Scientific American.

Mas como saber se um planeta é habitável?


O primeiro passo para descobrir se um planeta pode abrigar vida é saber se ele é capaz de aguentar uma atmosfera pesada (camada de gases que cobre sua superfície). A maior parte não consegue, pois a atividade das suas estrelas é muito grande (liberam grandes quantidades de gás e energia). A temperatura do planeta e a existência de água, metano e oxigênio, também são essenciais.
Para descobrir alguns desses dados, observa-se a luz emitida pelo planeta: quando ele passa pela sua estrela, bloqueia uma parte da luz, e isso gera uma sombra que chega até a Terra. A atmosfera de um planeta absorve uma fração minúscula da luz das estrelas em torno das bordas da sombra, filtrando certos comprimentos de onda de acordo com sua composição.
Com o uso de telescópios altamente especializados, é possível verificar a quantidade de luz absorvida, e isso indica a possibilidade da existência de água ou metano na atmosfera em proporções aproximadamente iguais, por exemplo, exatamente como acontece na Terra.
Já a massa é medida por um cálculo que leva em consideração a aceleração e a desaceleração de um planeta em relação à sua estrela, que ocorre por causa do efeito da gravidade (força que “puxa” o planeta e que faz ele se mover na trajetória em torno (órbita) da estrela, assim como a Terra gira em torno do Sol). É a diferença entre eles que permite dizer a massa.

Esta é uma das imagens mais incríveis de Júpiter até agora

 (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstaedt/John Rogers)
(FOTO: NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/GERALD EICHSTAEDT/JOHN ROGERS)


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Juno enviou para a Terra umas das imagens mais impressionantes de Júpiter até agora. Feita com a JunoCam, câmera da sonda que capta luz visível, a foto mostra detalhes das violentas tempestades de gás do planeta. Isso porque diferente de qualquer outra missão a sonda conseguiu chegar onde nenhum objeto humano jamais conseguiu.


“A proximidade de Juno com Júpiter é muito incomum”, afirmou o gerente de projetos Rick Nybakken so site Universe Today. “A sonda tem uma órbita elíptica que fica a apenas cinco mil quilômetros das nuvens de gás. Nenhuma outra missão chegou tão perto.”
Na imagem, é possível ver com detalhes a Pequena Mancha Vermelha, uma tempestade de gás que também é conhecida como NN-LRS-1. Até 2006, o fenômeno era mais forte e com cores mais intensas. Com o passar do tempo, foi ficando mais fraco, o que misturou sua coloração com os gases ao redor, dificultando sua visualização. 
O mais interessante é que qualquer pessoa pode baixar e analisar as imagens da câmera, que foi incluída na sonda justamente para interagir com o público. Neste caso, quem processou e identificou os pontos da imagem foram os astrônomos amadores Gerald Eichstaedt e John Rogers.
“Estamos fazendo com a JunoCam tudo o que é possível fazer com um instrumento que pertence ao público. Solicitamos a ajuda de todo mundo para escolher imagens e divulgar informações em sua forma mais bruta”, afirmou o cientista Steve Levin.
Além de animar os entusiastas não profissionais, as imagens também ajudam a fornecer o contexto necessário para que os cientistas possam trabalhar com os outros instrumentos da sonda. Para ajudar os cientistas, você pode ver as informações (em inglês) aqui; e também é possível baixar a foto em alta resolução