escritor poeta, radialista,

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Conheça os dois estados ALAGOAS e Rondônia brasileiros mais perigosos para jovens no país. “É uma situação epidêmica”, alerta coordenador da pesquisa.


O Fantástico (REDE GLOBO)  apresenta, em detalhes, o mapa da violência contra os jovens no Brasil. As duas principais causas de morte de brasileiros de 15 a 29 anos são acidentes de trânsito e assassinatos.
O Estado onde mais se morre no trânsito, proporcionalmente à população, fica longe dos grandes centros: Rondônia. E a maior taxa de homicídios ocorre em Alagoas. Normalmente, por motivos banais.
Acidentes de trânsito! Essa é a principal causa da morte de jovens em Rondônia.
“Quando eu cheguei perto do acidente, aí meu menino já estava caído no chão. Eu não desejo para pai nenhum passar uma coisa dessa”, conta o pai de uma vítima de acidente de trânsito.
“É uma dor que não sai, penso nele 24 horas”, diz o pai de uma outra vítima.
Em Alagoas, os pais estão perdendo os filhos, vítimas de assassinatos.
“A gente se vê enxugando gelo, por quê? Porque é uma situação que não está diminuindo, só crescendo a cada dia”, conta o delegado Ronilson Medeiros, delegado de Polícia Civil - Alagoas.
Alagoas e Rondônia são os dois estados brasileiros mais perigosos para quem tem entre 15 e 29 anos. O dado é do mapa da violência 2014, elaborado pela faculdade Latino Americana de Ciências Sociais.
Em 2012, ano-base do levantamento, os jovens dessa faixa etária representavam 27% da população, segundo o estudo. Nesse mesmo ano, cerca de 55 mil jovens morreram e as duas causas principais são acidentes de trânsito e assassinatos.
As três taxas de homicídios mais altas foram encontradas em Alagoas, Espírito Santo e Ceará, segundo a pesquisa.
“A taxa é de 138 homicídios de jovens para cada 100 mil jovens do estado, não tem equiparação na história do país. A Organização Mundial da Saúde diz que a partir de dez homicídios por 100 mil, é uma situação epidêmica”, diz o coordenador da pesquisa, Julio Jacobo Waiselfisz.
O estado de Alagoas registrou 138 mortes para cada 100 mil jovens. Lá, morava Éric Ferraz de 24 anos, filho da dona Valdenice. “Tem as camisas aqui que eu deixei de lembrança, os casaquinhos. É muita saudade, minha filha”, conta Valdenice.
Éric era modelo. Decidiu passar o réveillon de dois anos atrás em Viçosa - a 90 quilômetros da capital Maceió.
Éric estava com a namorada e três amigos. Eles jantaram em uma pousada e depois foram para uma praça no centro, para comemorar o primeiro dia do ano de 2012. Ele festejou só três horas daquele primeiro de janeiro. Foi assassinado na praça, com cinco tiros.
Os amigos que estavam com Eric disseram que, no dia, um homem mexeu com a namorada dele.
“O que ele falou pra mim foi assim: ‘eu não quero saber de confusão, eu só quero dizer a ele que ela está acompanhada’”, Carla Aciolo, fotógrafa.
O policial civil Jáysley Leite de Oliveira, que responde em liberdade, e o irmão dele, Judarley Leite de Oliveira, que está preso, foram denunciados pelo crime e devem ir a júri popular, que ainda não tem data marcada.
“Infelizmente, Alagoas tem uma tradição antiga de resolver as disputas na base da violência e tem diminuído isso, mas ainda existe resquício desse passado”, explica Daniel Nunes Pereira - pres. Comissão Direitos Humanos da OAB - Alagoas.
Já em Rondônia, o perigo está sobre rodas. Em 2012, foram 47 mortes em acidentes de trânsito para cada 100 mil jovens. Na sequência, aparecem os estados de Piauí e Paraná.
“Rondônia teve essa expansão, basicamente, devido à expansão da frota de motocicletas”, diz o coordenador da pesquisa, Julio Jacobo Waiselfisz.
No interior do estado, em Ji-Paraná, cidade de pouco mais de 125 mil habitantes, a proporção é de uma moto para cada três pessoas, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas.
Na madrugada de sexta-feira (27), nossa equipe flagrou um caso típico de imprudência. Uma mulher foi atropelada por uma moto que levava três pessoas - o piloto e duas passageiras.
Na mesma madrugada, registramos outro atropelamento. Desta vez, envolvendo um carro. A vítima foi o sobrinho de um homem. “Eu estava andando no acostamento. O carro saiu e bateu nele”, contou o tio da vítima.
Em um acidente, gravado pelas câmeras de segurança de um posto de combustível da cidade (veja no vídeo acima), em maio desse ano, duas motos seguem juntas em direção ao cruzamento. Uma delas reduz a velocidade. A outra passa direto e é atingida por um caminhão. Para o delegado, esse é um desafio feito entre os jovens, conhecido como roleta russa.
“Os jovens, eles se reúnem em bares da região sob a promessa de quem for corajoso e fazer essa roleta-russa, pegando a moto, saindo em alta velocidade, passando em alta velocidade nos sinais, cruzamentos, e conseguindo, vamos dizer, fazendo isso não pagaria a conta”, diz Cristiano Martins de Matos, delegado de Ji-Paraná.
O piloto da moto que não parou no cruzamento era Luís Otávio Montanher, de 18 anos. Ele morreu na hora. O piloto da outra moto, amigo de Luís, sobreviveu. Luan voltou ao local do acidente com a nossa equipe e negou a roleta russa.
O erro dele foi acelerar, quando estava aqui e confiar que ia vir ninguém porque era cinco da manhã.
”Eu sabia que ele gostava de aventura, mas racha ele nunca falou para mim. Falta um pedaço, era o centro de vida nosso”, diz Luciane Montanher, mãe de Luís Otávio.
O Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia disse, em nota, que vem intensificando suas ações em educação de trânsito, tendo como prioridade motociclistas. Informou também que orienta e fiscaliza condutores em suas operações.
E em Alagoas, qual a solução para diminuir os homicídios, segundo a Secretaria de Defesa Social?
“Nós temos hoje polícia na rua, na periferia, na malha central, nos interiores mais próximos e até mais distantes”, afirma Diógenes Tenório, secretário de estado da Defesa Social de Alagoas.
Mas o próprio secretário admite que é pouco. “Falta uma política em favor do menor? Falta, se essa é a realidade que você quer saber? É isso mesmo, falta. Eu tenho medo que a minha própria família esteja envolvida em um negócio desses de perder um de seus membros, porque os marginais estão soltos por aí afora”, assume o Diógenes Tenório.
“Seja de acidente de trânsito, seja de homicídio, nos falta sobretudo políticas públicas eficientes, que ponham o dedo na ferida, ponha o dedo na questão fundamental, que é a modernização da nossa segurança pública. Isso é uma tragédia que no médio prazo a gente precisa tentar evitar. No curto prazo, a gente só pode lamentar”, diz Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FGV.

FONTE: Fantástico (REDE GLOBO) 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

COPA: CLASSE C DÁ BYE-BYE À GLOBO !

Quem mandou o Nunca Dantes levar a Classe C à tevê paga… Culpa dele …​

Se a Globo Overseas tivesse consultado o Renato Meirelles, do Data Popular, tinha antecipado as férias do Galvão, aquele que disse que o goleiro do México decidiu não deixar o Brasil vencer !

(Na Copa da África do Sul, ele já tinha cometido aquela “a situação já esteve melhor para o Brasil”, depois que a Holanda empatou.)

O que teria dito o Renato ?

(O Renato é desses poucos analistas que tem número para sustentar o que diz. A maioria dos “especialistas” pigais (*) “acha”: “acho que…”, “na minha opinião”…) 

O Renato teria dito, por exemplo, como já cansou de dizer no Data Popular:

- a Classe C é 54% da população brasileira;

- daqui a dez anos será 60%, ou seja, 125 milhões;

- 95% dos novos assinantes de tevê por assinatura são das classes C e D;

- juntas, a duas classes são 66% do total de assinantes de tevê paga;

- 29% dos que compram tevê paga são “entrantes”, ou seja, compram pela primeira vez;

- 79% dos consumidores de tevê paga compraram a menos de dois anos;

- de cada 10 membros da Classe Média, 6 vivem no interior do Brasil;

- o mercado potencial para a compra de teve paga é de 14 milhões de brasileiros;

- a Classe C é responsável por 50% do acesso à internet no Brasil, é a classe que mais usa a internet e é a maioria do Facebook e do Twitter.

Por que a audiência da Globo é essa derrota na Copa ?

(Veja aquiaquiaqui e aqui).

Porque Nunca Dantes a Classe C teve a oportunidade de comparar a Globo com o resto: ESPN e Fox.

(A Band não conta, porque é um clone piorado. A SportTV, idem.)

O “entrante” na tevê por assinatura pode usar o controle remoto e comparar o Galvão com os outros narradores.

O Ronaldo Fenômeno com o Paulo Calçade e o Mário Sérgio.

(Pelo amor de Deus, um pouquinho menos de “tatiquês”: o espectador não tem o nível de informação de vocês dois e se perde ! Quando vai ver, a bola já mudou de campo ! De resto, Calçade e Mário Sérgio dão de 10 a zero nos “analistas” da Globo. Com exceção do Junior, que sabe do que diz.)

O espectador da Classe C descobriu que os “analistas” da Globo, Galvão inclusive, não tem informações elementares sobre os  jogadores e os técnicos.

Porque eles ficam enclausurados no Brasil, levam o “Brasileirinho” a sério, e só QUATRO jogadores da seleção brasileira jogam no Brasil.

E as outras seleções ?

A Fox e a ESPN cobrem a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Inglaterra – centro do futebol mundial – e seus narradores e comentaristas conhecem os jogares e técnicos – tem informação a dar.

A Globo é o burro diante do palácio da lenda.

E também se esgotou aquela herança do monopólio, a tentativa de transformar a Copa do Mundo num evento da Globo, de seu plano de negócios, de promoção de seus contratados, de utensílio de sua estratégia de marketing.

Repórter da Globo só pode entrevistar jogador da seleção, com exclusividade, na Granja Comary, porque, fora de lá, existe o “cercadinho” da FIFA e nada mais.

Acabou aquela de ir tomar café da manhã na cama com o Ronaldinho Gaúcho …

A Copa do Brasil, ironicamente, é a primeira que não foi da Globo.

É culpa da Classe C.

Esse Nunca Dantes …

O Brasil é o único pais sul-americano que não transmite a Copa por uma tevê pública.

Finalmente agora, em 2014, o brasileiro pode usar o controle remoto.

Bem que o Roberto Marinho tentou adiar a introdução do controle remoto na indústria brasileira. 

Ele sabia das coisas.

Os filhos, bem, os filhos … não têm nome próprio.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 14 de junho de 2014

É esta população sem educação que quer assumir o poder do país?

 “Isso, se a senhora me permite, eu não admito”, protestou o ajudante de pedreiro Afonso de Medeiros, 48 anos, negro, evangélico, ex-dependente químico, morador na Favela do Moinho, centro de São Paulo. O homem se referia aos xingamentos contra a presidente Dilma Rousseff, durante o jogo de abertura da Copa do Mundo, no estádio de Itaquera.
O grito nasceu na ala vip e tomou a Arena Corinthians. Entre os mais entusiasmados estava a colunista social do jornal “O Estado de S.Paulo", que deve ter achado muito fina, elegante e sincera a modalidade de protesto. Mas é isso que é a gente que diz que quer tomar o poder?
“Isso não se faz com uma mulher, nunca”, disse o pedreiro Medeiros, que assistia ao jogo em pé, diante da televisão instalada no Bar do Grappite, logo na entrada da favela. “É covardia.”
E olha que a favela do Moinho era no dia do jogo um reduto de manifestantes anti-Copa. Os “vândalos” que denunciaram os gastos excessivos com a construção de estádios escolheram a favela para assistir juntos ao jogo. Democraticamente, dividiram com torcedores fanáticos de Neymar, Fred e Oscar o chão de terra batida do Moinho (chama-se assim porque ali funcionou um antigo moinho das Indústrias Matarazzo).
Os anti-Copa, entretanto, não chegavam aos pés dos vips do estádio de Itaquera no quesito vandalismo verbal. Um garoto vestido com a camisa da Croácia, por exemplo, comemorou o gol adversário com uma adaptação do bordão “Não vai ter Copa”. Virou “Não vai ter hexa!” Foi abraçado entusiasticamente pelos demais e ficou nisso.
“Eu sou feminista, véi. Comigo não tem essa de xingar mulher, mesmo que ela seja a presidente! A gente já é xingada demais na vida: de puta, baranga, gorda, sapatona, malcomida, burra”, explicou uma ativista que havia participado de protestos naquela tarde.
Dilma sabia que ia pro sacrifício. Quem tem dinheiro para comprar os cobiçados ingressos Fifa não é o brasileiro que costuma frequentar estádio (na porta, cambistas ofereciam os últimos tickets por até R$ 2.000).
São os mesmos endinheirados que passaram os últimos anos dizendo que o estádio não sairia. Saiu.
Que não haveria aeroportos pros gringos aterrissarem. Houve.
O jornal da colunista até publicou que haveria ataques do PCC na abertura. E necas.
Eles têm de estar revoltados mesmo: muita contrariedade. O PT fundiu-lhes a cabeça.
O jeito foi extravasar nos moldes odientos consagrados pelas redes sociais.
Há quem ache que o presidenciável Aécio Neves deve usar o linchamento verbal contra Dilma em seu horário eleitoral gratuito. Sabe de nada, inocente!
Experimenta pôr a grosseria na campanha... Porque vaiar, tudo bem. Mas xingar assim é falta de educação demais, coisa de mal-agradecido traíra. E isso não se perdoa.
Os marqueteiros tucanos têm de ensinar ao seu eleitorado um pouco mais de polidez. Nem que seja para aparecer na TV.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pai grava vídeo emocionante se despedindo da filha

Se você pudesse se despedir das pessoas que ama antes de morrer, o que diria? Essa premissa foi o que motivou Nick Magnotti, 27 anos, de Whashington, EUA, a gravar uma mensagem de adeus para sua filha Austin, de 7 meses.
Nick vinha lutando contra um câncer no apêndice há 3 anos, tempo em que as sessões de quimioterapia já não mostravam melhora em seu quadro clínico e sua cirurgia não havia saído como o previsto. Neste momento Nick e sua esposa resolveram encarar tudo de uma forma mais branda e resolveram ter um filho, que meses depois chegou na forma de uma linad menina, chamada Austin.

Em um dado momento, Nick resolveu parar com a quimioterapia, pois os médicos haviam lhe informado que o câncer não estava mais regredindo (mas espalhando-se mais rápido que a cura), e decidiu aproveitar cada momento possível com sua família: "cada dia que posso passar com ela, é a maior de todas as bênção", diz Nick.
Confesso que escrever esse post foi muito difícil, pois inevitavelmente nos colocamos no lugar dessa família, e imaginamos como será a reação de Austin quando crescer e assistir a um vídeo tão carinhoso e transbordando de amor por todos os lados. O vídeo foi divulgado ano passado (2013) e Nick faleceu cerca de dois meses depois de gravá-lo. O certo é que ele aproveitou todos momentos possíveis para usufruir da companhia da filha, sua esposa e amigos. Não espere saber quando você vai morrer para fazer o mesmo. Viva intensamente cada dia de sua vida.

Nick se considera abençoado, pois ele pôde deixar um vídeo de despedida para sua filha e conseguiu aproveitar intensamente cada momento, de forma intensa, verdadeira e com muito amor. Vale a pena assistir.




quarta-feira, 4 de junho de 2014