escritor poeta, radialista,

sábado, 25 de abril de 2015

Viajando pelo espaço com o Hubble

POR SALVADOR NOGUEIRA

Quantas vezes você viu uma daquelas imagens incríveis do Hubble e quis por um instante ser capaz de viajar até lá para ver tudo de perto? Pois bem. Hoje, vamos fazer exatamente isso.O aglomerado Westerlund 2 e a nebulosa Gum 29, em imagem obtida pelo Hubble em comemoração a seus 25 anos (Crédito: Nasa/ESA/STScI)
O aglomerado Westerlund 2 e a nebulosa Gum 29, em imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble em comemoração a seus 25 anos de operações em órbita (Crédito: Nasa/ESA/STScI)

Em comemoração aos 25 anos do telescópio mais amado do mundo, completados exatamente hoje, 24 de abril de 2015, a Nasa e a ESA produziram uma reconstituição de como seria uma jornada interestelar até um aglomerado de estrelas chamado Westerlund 2. 

Confira o vídeo, narrado peloMensageiro Sideral.

https://youtu.be/Bt9RYNv1eNg

Westerlund 2 fica na região da nebulosa Gum 29, localizada a 20 mil anos-luz da Terra, na constelação austral da Quilha (ou Carina). O Hubble só pode fotografá-la das redondezas da Terra, a partir de sua órbita a cerca de 500 km de altitude. Mas imagine percorrer essa distância toda em pouco mais de um minuto, atravessando incríveis nuvens e pilares onde novas estrelas estão prestes a nascer, e então chegar ao aglomerado aberto, recheado de estrelas jovens e muito brilhantes. Estima-se que ele tenha apenas 2 milhões de anos — uma ninharia em termos cósmicos.
Em mais alguns milhões de anos, muitas dessas estrelas maiores explodirão em rápida sucessão, como milho de pipoca, na forma de supernovas. Essa violência acabará por levar à dispersão do aglomerado, e as estrelas mais modestas se espalharão pela Via Láctea. Um dia, num passado remoto, quase 5 bilhões de anos atrás, algo parecido deve ter acontecido ao nosso Sol.
É um daqueles momentos de revelação. A mesma coisa que aconteceu por aqui há muito tempo, neste exato momento, se desenrola em outros cantos da galáxia, e acontecerá ainda em muitos outros lugares espalhados pelo cosmos. Somos parte de uma história muito maior que nós mesmos. E, graças ao Hubble, temos hoje o poder de contextualizar nosso papel no incrível teatro do Universo.


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