escritor poeta, radialista,

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Gelo à vista! Estamos quase chegando a Plutão!

Oitenta e cinco anos depois de descoberto, o planeta anão Plutão está prestes a revelar seus segredos. No próximo 14 de julho a nave New Horizons fará a maior aproximação desse mundo gelado, mas já está tão perto que até as luas plutonianas menores já são alvos das câmeras de bordo da nave.

Nix e Hydra vistos pela New Horizons


Devido à sua pequena dimensão e grande distância da Terra, Plutão representa um grande desafio, tanto para observações feitas em solo como para os telescópios espaciais. Da Terra, o planeta anão só pode ser visto através de telescópios maiores e mesmo assim, não passa de um diminuto ponto de luz.
Plutão tem cinco luas e a maior delas, Caronte, só foi vista da Terra pela primeira vez em 1978 após diversas análises em fotografias feitas em condições atmosféricas excepcionais e que revelaram uma minúscula deformação no shape de plutão. Mais tarde, se entendeu que essa protuberância era na realidade um corpo que orbitava o planeta.
As outras quatro luas, muito menores, só foram descobertas anos mais tarde. Nyx e Hidra em 2005, Cérbero em 2011 e Estige (styx) em 2012, todas detectadas através de imagens de alta resolução feitas pelo telescópio espacial Hubble.

Visões de um Novo Mundo
Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda New Horizons está prestes a fazer história e no próximo dia 14 de julho deverá atingir a menor distância de observação desde que o planeta anão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930.

Nesta semana, cientistas ligados ao laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, divulgaram uma série de imagens que mostram as pequenas luas Nix e Hydra, feitas a uma distância entre 201 e 186 milhões de km do planeta.

Nix e Hydra vistos pela New Horizons


O propósito das imagens é ampliar o conhecimento que se tem hoje sobre as orbitas das luas de plutão e também testar um novo método de fotografias de longa exposição, capaz de aumentar a sensibilidade e detalhamento dos objetos.
Nas cenas, o resultado do teste é facilmente observado. À esquerda da foto vemos Nix (laranja) e Hydra (amarelo) bastante ofuscados pelos brilhos intensos de Plutão e Caronte, enquanto na imagem da direita, já processada, ambos os satélites são vistos quase isolados. As áreas negras observadas à direita de plutão são artefatos criados pela sobrecarga de fótons sobre o CCD, provocado pela superexposição dos objetos.
A imagem animada também é uma demos tração das capacidades de sensoriamento da câmera LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager). Na cena, câmera e espaçonave foram rotacionados para evitar que o intenso brilho de plutão e Caronte ofusquem a imagem das luas investigadas.
Até agora, todo nosso conhecimento sobre Plutão está baseado em teorias, apoiadas no entendimento que temos sobre o espaço e os corpos celestes, mas as revelações verdadeiras sobre esse novo mundo estão apenas começando. É só aguardar!

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