domingo, 20 de outubro de 2013
Chamar quem mente de mentiroso dá quebra de decoro?
Tem certas coisas que só acontecem na Câmara de Vereadores de Valparaiso de Goiás. O Vereador do PSDB Pábio Mossoró (foto na tribuna), réu numa Ação Judicial impetrada pelo Ministério Público que aponta irregularidades na “venda” da Rua Espanha, e que está na condição de investigado em outra Ação do Ministério Público de Goiás através da portaria 84/2013, que instaurou Inquérito Civil Público tendo como assunto VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS quando o mesmo presidia o Confundeb, protocolou junto a Comissão de ética da Casa de Leis, proposta de Cassação de Mandato em desfavor do colega Tião da Padaria (PTN), motivada no fato de ter sido chamado dementiroso. Ora, longe de querer justificar a “indelicadeza” do Vereador Tião da Padaria, afinal a franqueza não coaduna com o ambiente das discussões em plenário, mas, o que me chama a atenção, é o Vereador Tião da Padaria se desculpar pessoalmente e ainda ter que se retratar expressa e publicamente para evitar uma possível punição. Cabe a Comissão de ética investigar se o Vereador Pábio Mossoró realmente mentiu, e se confirmado, ele é que tem que sofrer uma punição por parte do restante do plantel de Vereadores. O que parece, é que o Vereador Pábio Mossoró tenta intimidar os Vereadores inexperientes, talvez em sua própria defesa, já que ele sim, tem muito que se preocupar com a sua permanência na casa, haja vista que responde a sérias acusações dos órgãos aplicadores da Justiça e o tiro pode sair pela culatra pois pode ser que daqui para frente qualquer palavra “impensada” poderá justificar um pedido de cassação de mandato possibilitando ao Vereador Pábio Mossoró abridor do precedente, ser vítima da própria língua.
A meu ver, estão invertendo as coisas. Não é para se punir quem chama o mentiroso de mentiroso, ao contrário, é preciso ter coragem para advertir e punir o mentiroso que utiliza informações falsas em proveito próprio e prejudicando a outros.
Infelizmente, a mentira parece ser inerente a atuação de grande parte dos políticos, principalmente quando se está em jogo a sobrevivência política.
Vereador Marcus Vinicius o doutor do “jeitinho”
Confesso que não posso atestar sobre a legalidade do fato, porém, é no mínimo escorchante para com a sociedade valparaisense o “jeitinho” que o Vereador de Valparaiso “doutor” Marcus Vinícius (PT do B) encontrou para prestar “atendimento” jurídico, não se sabe se gratuito ou não, utilizando espaço mantido pelo contribuinte valparaisense, e o pior, possivelmente com a parcimônia dos outros parlamentares da casa de “Leis”, haja vista que até o momento não tenho conhecimento de nenhuma admoestação dos mesmos contra o fato. A cara de pau é tão grande, que existe até propaganda no maior site multimídia da região buscando atrair “freguesia” para o inusitado “negócio”.
Ora, alguns podem pensar; que mal tem o “prestimoso” Vereador Marcus Vinícius ajudar os mais carentes assistindo-os nos problemas jurídicos, já que o mesmo é advogado e sendo Vereador nada mais “magnânimo” do que usar os seus conhecimentos para aliviar os problemas da sociedade? Lindo não é? Porém, o fato enseja outros aspectos que seria de bom alvitre analisar.
A meu ver, a prática usada pelo “insigne” parlamentar nada mais é do que utilizar o repugnante jeitinho brasileiro para tirar proveito da situação, pois utiliza o seu gabinete na Câmara de Vereadores que é mantida com o dinheiro do contribuinte para prestar o atendimento, o que pode incluir o uso de computadores, telefones, materiais de consumo, água, energia, café, banheiros, serviços de funcionários e até propaganda paga com dinheiro público. Seria tão mais ético e respeitoso se o “doutor” prestasse essa assistência em sua casa ou no seu escritório, ou até mesmo em um local público desde que as suas próprias custas.
Imagine se a moda pega, o Vereador Professor Antonio Bites (PT) poderia também arvorar-se no direito de dar aula de reforço no seu gabinete, afinal ele estaria utilizando supostamente apenas os seus conhecimentos. Outro que teria o mesmo “direito” seria o Pastor Idelfonso (PSC) que usando da mesma prerrogativa poderia prestar “atendimento” religioso no seu gabinete. O Vereador Geraldo Alves (PDT), empresário do ramo de Pet Shops poderia dar cursos de banho e tosa no seu gabinete. O Vereador Elvis Santos (PP) montar cursos na área da construção civil, enfim, usar o dinheiro suado do povo valparaisense para proveito próprio.
Outro aspecto interessante é que isso nada mais é, a meu ver, do que concorrência desleal e compra de votos indiretos e extemporâneos, aliás, o Vereador Marcus Vinícius já tem precedentes no assunto, haja vista que teve o mandato cassado pelo mesmo motivo e legisla sobe liminares.
Seria interessante observar que o zelo pela decência, honestidade e o temor de Deus parece não ter lugar na Casa de Leis Valparaisense onde parlamentares “não veem nada demais” em se banquetearem em restaurantes e clubes com o dinheiro do povo, onde não se cumpre Leis aprovada por eles mesmos sobre o plano de carreira dos funcionários, onde eles mesmos aceitam ser tratados desigualmente. Não é atoa que já houve manifestos da sociedade comparando a Câmara de Vereadores de Valparaiso de Goiás com um circo e prostibulo político e Vereador a ratazana de porão.
É preciso um Choque de Moralidade na gestão que se avizinha para resgatar um mínimo de credibilidade na combalida imagem do parlamento valparaisense.
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