Arcanjo Miguel, através de Natalie Glasson
… A luz que era tão brilhante em seu nascimento ainda permanece, mas José não está mais ciente deste aspecto do seu ser; sua mente e aura foram preenchidas com outras idéias, distrações e desejos. José sente que há algo omitido em sua realidade; ele anseia por algo, mas não pode detectar o que é que lhe falta tanto. Ele sente a tristeza dentro dele, até quando ele está feliz e as coisas parecem bem.
José decide que ele deve se permitir escapar e embarcar em uma jornada. Ele não sabe aonde irá ou o que fará, mas a liberdade lhe dá um sentimento de alegria e de emoção. Ele decide que embora ele deseje viajar, ele andará por toda parte, de modo que possa confiar apenas em si mesmo. José começa a fazer algumas malas, sem saber quanto tempo ele ficará, ou aonde ele irá e assim ele embala muitas roupas, ferramentas para ajudá-lo a sobreviver e até livros para diverti-lo em sua jornada.
Ele deixou a sua casa carregado de malas, mas não podia sentir o seu peso; o seu entusiasmo o impulsiona e o conhecimento de que ele precisará de todos estes itens permite que as malas pareçam extremamente leves. Ele se levanta de um salto, mas não tem certeza de onde irá, mas decide ser criativo em suas decisões.
Gradualmente, as malas começaram a se tornar um fardo, o seu entusiasmo se desvaneceu e ele começou a esbravejar com as malas e a si mesmo por trazê-las. Ele não mais se sente livre, mas atado, assim como ele tinha sentido antes de partir. Ele se senta e começa a vasculhar as suas malas, atirando fora coisas desnecessárias, até ele ter uma pequena mala mantendo o básico do que ele precisaria para sobreviver.
Ele deixa os seus itens desnecessários próximos à porta de uma pessoa, com uma nota lhe dizendo para pegar o que ela desejasse e compartilhasse o resto. Novamente o seu entusiasmo aumentou. Após um longo dia de decisões criativas ele se encontra próximo a um rio e decide descansar apoiado a uma árvore.
Ele tira o seu livro e começa a ler, entrando completamente no mundo de fantasia do livro. O vento (Pneuma) começa a surgir entre as árvores na beira do rio, agitando as folhas do seu livro. Ele deixa o livro e se aconchega em suas roupas para se aquecer.
José tem poucos pertences e o dia já está escurecendo e ele começa a se perguntar por que ele queria escapar de sua realidade, por que ele pensara que a realidade que ele criara para si mesmo agora seria melhor do que a sua realidade anterior. Ele ainda sentia como se estivesse carregando muitas malas, muitos fardos e imaginava se havia qualquer beleza, liberdade e emoção na realidade da Terra para ele experienciar. O vento continuava a se entrelaçar por entre as árvores, enquanto José apertava firmemente as suas roupas em seu corpo para calor e conforto.
Ele sentia como se o vento estivesse falando com ele, embora ele não ouvisse nenhuma voz. O vento estava lhe demonstrando que ele precisava deixar todos os seus fardos serem soprados para longe dele. José começou a pensar em todas as coisas que ele tinha feito com as quais se sentiu envergonhado e ele apenas deixava que elas fossem arrastadas pelo vento. Então ele contemplou todos os momentos em que ele tinha experienciado a dor e a tristeza, permitindo que todas estas emoções e feridas energéticas fossem carregadas para longe na onda do vento.
Ele se perguntou o que mais havia para ele deixar ir e compreendeu que ele deveria enviar o seu perdão na onda do vento para as pessoas que ele culpara por magoá-lo ou por terem procedido mal com ele no passado e por se permitir ser magoado. Ele já sentia o seu corpo muito mais leve e podia sentir a tristeza que tinha estado com ele sendo atenuada, e, no entanto, o vento ainda soprava com vigor ao seu redor.
Ele se desafiou quanto ao que restava liberar. Ele compreendeu que ele já havia se desligado das pessoas ao redor dele ao embarcar nesta jornada. Ele ainda as amava profundamente, mas sabia agora que se ele tivesse que se virar por conta própria, ele seria perfeitamente feliz e poderia cuidar de si mesmo. Ainda encolhido devido ao vento, ele compreendeu algo que precisava de sua atenção. Ele tinha que deixar ir a si mesmo, a si próprio.
{“E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros.” Mateus 19:29-30}
Ele tinha que permitir que o vento levasse embora todas as suas percepções de si mesmo, as idéias que ele tinha formado em relação a si mesmo, agradáveis ou desagradáveis, a forma com que falava para si mesmo, as coisas que ele amava e odiava em relação a si mesmo, assim como os seus sonhos e desejos para o futuro que ele tinha construído em sua mente, a partir das influências de sua personalidade e de outras pessoas. Lentamente ele começou a liberar o seu controle sobre si mesmo, física e energeticamente. Ele estava feliz por grandes partes suas serem levadas para longe dele e esperou ansiosamente ver o que permaneceria.
Ele irrompeu em torrentes de lágrimas. Ele estava sofrendo muito ao liberar determinadas idéias de si mesmo, mas também estava repleto de alegria e liberdade. Ele compreendeu que estivera esperando toda a sua vida para conseguir isto e sabia que era algo que ele continuaria a alcançar em seu futuro.
Ao adormecer ele mergulhou em um sonho de uma árvore estendendo-se do solo da Terra. Ele observou como a árvore crescia mais e mais em força e caráter. A árvore estava atada a um ponto de sua vida e, entretanto, ele mantinha certa liberdade em sua realidade. Ele então se sentiu se projetando do solo da Terra, próximo à primeira árvore. Ele podia sentir a preocupação em seu corpo por estar crescendo muito próximo a outra árvore.
Ele cresceu mais e mais e a sua ansiedade aumentou. Então o vento soprou novamente e lembrou-lhe de deixar ir esta ansiedade e apenas observar. José permitiu que o vento levasse a sua ansiedade e preocupação, e para a sua surpresa como uma árvore, ele começou a se fundir com a primeira árvore maior. Quando ele se inseriu na energia e na consciência da árvore, ele percebeu que ele tinha aceitado uma tremenda liberdade em seu ser.
Embora ele não pudesse sair do seu local, ele se sentia forte e livre de fardos, se sentia seguro em sua mente, coração e emoções. Nada mais o incomodava e ele compreendeu que não tinha que ser como as outras pessoas, e não precisava ter ou ser o que os outros criavam; ele poderia ser apenas ele mesmo e ser feliz na realidade que ele criara para si mesmo.
Ele sabia que se quaisquer energias, pensamentos ou emoções surgissem do seu interior para desafiar a liberdade e a paz que ele tinha criado, ele poderia apenas pedir ao vento que os levasse para longe, contanto que ele estivesse preparado para entregá-los ao vento. Ele considerou que poderia viver feliz com muitas coisas ao redor dele, ou ele poderia viver de forma básica. José compreendeu também que se começasse a chover, a cair granizo ou neve, ainda assim ele estaria feliz e que fora das aparências não poderia ser destruída a paz, a força e a liberdade que ele tinha manifestado interiormente. A liberdade trouxe uma enorme alegria que somente o encheu ainda mais de coragem em suas convicções.
Um maravilhoso sol resplandeceu sobre ele enquanto ele existia como uma árvore; ele tinha assumido toda a consciência da primeira árvore e agora sentia uma tremenda unidade e conexão com tudo. O sol parecia continuar a brilhar mais ainda; era como se milhares de luzes estivessem dançando ao seu redor. Ele se imaginou expandindo o seu peito para a luz e permitindo que a luz inundasse o seu ser.
Ele despertou subitamente do seu sonho. Era de manhã e ele estivera dormindo a noite inteira com as costas contra a base da árvore. O seu corpo parecia eletrificado, repleto de luz. Ele se perguntou se tudo tinha sido um sonho, mas recordou a dor enquanto ele explorava a sua energia.
Uma sabedoria veio do seu interior: “Você se libertou da influência da consciência geral da humanidade, você se concedeu a liberdade de pensar e de sentir como deseja, não a partir de sua personalidade humana passageira ou da influência dos outros, mas a partir de sua alma. EU SOU a sua alma e estou aqui para orientá-lo.
“Vamos agora embarcar juntos na verdadeira jornada. Em seus sonhos você se fundiu a uma árvore maior, que era eu: nós somos um, José. Observe o seu corpo: ele está carregado de luz; observe o seu coração e a sua mente: eles estão abertos e puros. Minha energia está sempre aqui como um amigo para guiá-lo. Lembre-se de que nada na Terra poderá criar uma identidade para você. Sua verdadeira identidade é a sua alma e o Criador dela.”
José levantou-se e alongou o seu corpo: ele se sentia diferente. O que nós faremos? Ele se perguntou e a resposta veio instantaneamente (do seu interior, da sua Alma, Eu Superior).
Espero que vocês tenham apreciado a minha história. Há muitas mensagens nas palavras e idéias para que vocês contemplem e integrem em sua realidade. Permitam a sua própria alma que lhes mostre as mensagens, pois cada pessoa pode ver algo diferente nelas.
Vocês podem achar que é benéfico ler a mensagem novamente e anotar toda a mensagem ou parte da sabedoria que surgiu em vocês. É minha convicção de que esta mensagem seja apropriada agora na Terra e no universo do Criador. Com amor, proteção e apoio Angélico,
Arcanjo Miguel – Natalie Glasson, www.wisdomofthelight.com
Tradução: reginamadrumond@yahoo.com.br
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
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