Uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge descobriu que os seres humanos comportam genes “alheios” à sua linhagem evolutiva, ou seja, que não foram transmitidos por congêneres antepassados. Dessa forma, estabelecendo um verdadeiro desafio à teoria evolutiva, os especialistas afirmam que dezenas de genes essenciais “estrangeiros”, ao contrário dos que se aperfeiçoaram ao longo dos tempos através da genética vertical ascendente, se originaram a partir de micro-organismos que conviveram com o ser humano em um mesmo ambiente durante algum momento de sua evolução.
Os cientistas puderam identificar 145 genes “alheios”, adquiridos pelo ser humano através da chamada transferência genética horizontal. Até hoje, a convenção teórica a respeito da evolução se baseia unicamente na transmissão genética de linhas ancestrais.
Fonte: Genome Biology
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Um livro intitulado “Biocentrism: How Life and Consciousness Are the Keys to Understanding the Nature of the Universe“ (Biocentrismo: Como a Vida e a Consciência São as Chaves para a Compreensão da Natureza do Universo – [tradução livre do título – n3m3]) mexeu com a Internet, porque ele contém a noção de que a vida não acaba quando o corpo morre, e pode durar para sempre. O autor desta publicação, o cientista Dr. Robert Lanza, que foi votado pelo NY Times como sendo o 3º cientista mais importante ainda vivo, não tem dúvida de que isto seja possível.
Além do tempo e do espaço
Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor científico da Companhia de Tecnologia Avançada da Célula. Ele é conhecido também por sua extensa pesquisa com células tronco, e é conhecido por vários experimentos de sucesso na clonagem de espécies de animais em extinção.
Mas há pouco tempo, o cientistas se envolveu com a física, a mecânica quântica e a astrofísica. Esta mistura explosiva deu o nascimento à nova teoria do biocentrismo, a qual o professor tem pregado desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o Universo. É a consciência que cria o universo material, e não o contrário.
Lanza aponta para a própria estrutura do Universo, e que as leis, forças e constantes do Universo parecem ser afinadas com a vida, implicando no fato da consciência existir antes da matéria. Ele também alega que o espaço e tempo não sejam objetos ou coisas, mas sim ferramentas de nossa compreensão animal. Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo conosco “como tartarugas com cascos“, o que significa que quando o casco é deixado de lado (tempo e espaço), ainda existiremos.
A teoria implica que a morte da consciência simplesmente não existe. Ela somente existe como pensamento, porque as pessoas se identificam com seus corpos. Elas acreditam que o corpo irá perecer, mais cedo ou mais tarde, achando que assim sua consciência irá desaparecer também. Se o corpo gera a consciência, então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o corpo recebe a consciência da mesma forma que um receptor de TV a cabo recebe sinais, então o curso da consciência não acaba na hora da more do veículo físico. Na verdade, a consciência existe fora da limitação do tempo e do espaço. Ela é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e fora dele. Em outras palavras, ela não tem local, no mesmo sentido que objetos quânticos não possuem local.
Lanza também acredita que universos múltiplos possam existir simultaneamente. Em um universo, o corpo pode estar morto. E no outro ele continua a existir, absorvendo a consciência que migrou para esse universo. Isto significa que uma pessoa morta, enquanto viajando através do mesmo túnel, não vai para o inferno ou céu, mas para um mundo similar àquele que ela uma vez habitou, contudo desta vez viva. E assim por diante, indefinidamente. É quase como um efeito pós-vida do tipo Matriosca (boneca russa) cósmica.
Mundos múltiplos
A teoria de Lanza, que infunde esperança, mas é extremamente controversa, possui muitos defensores, não somente meros mortais que querem viver para sempre, mas também alguns cientistas bem conhecidos. Estes são físicos e astrofísicos que tendem a concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de universos múltiplos. O multiverso é um, assim chamado, conceito científico, o qual eles defendem. Eles acreditam que não exista nenhuma lei física que proibiria a existência de mundos paralelos.
H.G. Well, o escritor de ficção científica, proclamou isto em 1895, na sua obra “The Door in the Wall” (A Porta na Parede). E após 62 anos, esta ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett, em sua tese de graduação na Universidade Princeton. Ela basicamente apresenta que, em qualquer dado momento, o Universo se divide em inúmeras ocorrência similares. E no momento seguinte, estes universos ‘recém-nascidos’ se dividem de forma similar. Em alguns destes mundos você pode estar presente: lendo este artigo em um universo, ou assistindo TV em outro.
Os fatores que disparam estes mundos que se multiplicam são as nossas ações, explicou Everett. Se fizermos algumas escolhas, instantaneamente um universo se divide em dois, com diferentes versões de resultados.
Na década de 1980, Andrei Linde, um cientista do Instituto de física de Lebedev, desenvolveu a teoria dos universos múltiplos. Ele agora leciona na Universidade Stanford. Linde explicou: “O espaço consiste em muitas esferas que se inflam, as quais geram esferas similares, e essas, por sua vez, produzem esferas em números ainda maiores, e assim por diante até o infinito. No Universo, elas são espaçadas umas das outras, Elas não estão cientes da existência das outras. Mas elas representam partes do mesmo universo físico.”
O fato do nosso Universo não estar só é apoiado pelos dados recebidos do telescópio espacial Planck. Usando estes dados, os cientistas criaram o mais preciso mapa do fundo de microondas, a assim chamada ‘radiação de fundo da relíquia cósmica’, que permanece deste o início do Universo. Eles também descobriram que o Universo possui muitos recessos escuros, representados por alguns buracos e extensas brechas.
A física teórica Laura Mersini-Houghton, da Universidade da Carolina do Norte, com seus colegas, argumentam: “As anomalias do fundo de microondas existem devido ao fato de que o nosso Universo é influenciado por outros universos que existem nas proximidades. E os buracos e brechas são um resultado direto dos ataques dos universos vizinhos sobre nós.”
Assim,há uma abundância de lugares, ou outros universos, para onde nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria do neo-biocentrismo. Mas a alma existe? Há uma teoria científica da consciência que poderia acomodar tal alegação? De acordo com o Dr. Stuart Hameroff, uma experiência de ‘quase-morte’ acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e dissipa no Universo. Ao contrário das explicações materialistas sobre a consciência, o Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência, que pode talvez ser atraente, tanto para a mente científica racional, quanto para as intuições pessoais.
De acordo com Stuart e Sir Roger Penrose, um físico britânico, a consciência reside em microtúbulos de células cerebrais, os quais são locais primários de processamento quântico. Na morte, esta informação é liberada pelo seu corpo, o que significa que a nossa consciência vai com ela. Eles argumentam que a nossa experiência de consciência seja o resultado de efeitos quânticos da gravidade nestes microtúbulos; uma teoria que eles batizaram de ‘redução objetiva orquestrada’ (sigla em inglês: Orch-OR).
A consciência, ou pelo menos a proto-consciência, é teorizada por eles como sendo uma propriedade fundamental do Universo, presente até mesmo no primeiro momento do Universo durante o Big Bang. “Em tal plano, a experiência proto-consciente é uma propriedade básica da realidade física, acessível a um processo quântico associado à atividade cerebral.”
Nossa almas, na verdade, são construídas do mesmo tecido do Universo – e podem ter existido desde o começo do tempo. Nossos cérebros são somente receptores e amplificadores para a proto-consciência, a qual é intrínseca ao tecido espaço-tempo. Assim, há realmente uma parte de nossa consciência que não seja material e que sobreviverá a morte de nosso corpo físico?
O Dr. Hameroff falou no documentário ‘Através do Buraco de Minhoca’, doScience Channel: “Digamos que o coração pare de bater, o corpo pare de fluir, os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, ela não pode ser destruída, ela somente se distribui e dissipa à solta no Universo.” Robert Lança adicionaria aqui que, não somente ela existe no Universo, mas que talvez também ela exista em outro universo.
Se o paciente for ressuscitado, reanimado, esta informação quântica pode voltar para dentro dos microtúbulos e o paciente dizer, “eu tive uma experiência de quase morte“.
Hameroff ainda diz: “Se o paciente não for reanimado e morrer, é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo, talvez indefinidamente como uma alma.”
Esta afirmação sobre a consciência quântica explica coisas como as experiências de quase-morte, projeções astrais, experiência fora do corpo, e até mesmo a reincarnação, sem a necessidade de apelar para ideologias religiosas. Em algum ponto, a energia de nossa consciência potencialmente se recicla para dentro de um corpo diferente, e enquanto isso ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade, e possivelmente em outro universo.
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