A pesquisa Datafolha mostra que os brasileiros, na proporção de 72% dos entrevistados, querem mudança. E o nome mais identificado com a mudança, por paradoxal que se mostre, faz parte do campo governista.
O ex-presidente Lula, principal apoiador da presidente Dilma Rousseff, reúne nada menos que 52% das intenções de voto e, entre o grupo que defende a mudança, 32% das preferências como o mais apto a empreender essa mesma mudança.
Mais que Marina Silva, com 17% das indicações, Aécio Neves (13%) e Eduardo Campos (7%), é o político de dois mandatos na Presidência da República que salta aos olhos do público como o mais capaz de fazer diferente.
Além da performance de Dilma, que com 43% das intenções de voto bateria todos os adversários projetados, o ex-presidente atingiu 52% das preferências. Lula, é claro, por não se colocar como candidato, se mantém livre de ataques. Isso facilita seu desempenho. Certamente por essa mesma razão, o ex-presidente tem a menor rejeição entre os pretendentes, com 19% de indicações, contra 21% para a ex-ministra Marina Silva.
A pesquisa Datafolha mostra que a frase do ministro Gilberto Carvalho, dada logo após a posse da presidente Dilma, ainda prevalece: "Nós temos o Pelé no banco de reservas".
Tirante toda a torcida político-midiática para o fracasso da economia brasileira no ano da eleição presidencial, o que transparece pelos números é que, se verdadeiramente a crise se abater sobre Brasil, ainda assim o PT tem uma alternativa. E uma alternativa forte, personificada por Lula.
Para os adversários, colocar-se na posição do PT é, na prática, viver um sonho. Nem mesmo o PSB, com a popular Marina, que soma mais intenções de votos que os pré-candidatos oficiais Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), faz frente a Lula.
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