Abandonado por José Serra e Marina Silva, Roberto Freire, presidente do PPS, afirma que não é possível enfrentar o governo Dilma com uma candidatura a menos no campo da oposição; ou seja: ele acredita que, agora, Dilma terá maior facilidade para vencer no primeiro turno; "eles poderiam se juntar mais à frente, não agora", disse ele; o presidente do PPS disse ainda que foi uma "vitória de Lula"
5 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 15:20
247 - O deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, acaba de se manifestar em relação à aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos. Segundo ele, trata-se de um "equívoco", que torna mais fácil a reeleição da presidente Dilma em primeiro turno.
Por isso, diz ele, o PPS não irá aderir à aliança. "Não podemos nos associar ao que consideramos ser um equívoco".
Roberto Freire disse que não é possível enfrentar o governo Dilma com uma candidatura a menos no campo da oposição. Essa é a razão pela qual ele ofereceu o PPS a dois potenciais candidatos: José Serra e Marina Silva.
Freire, no entanto, foi rejeitado por ambos.
À jornalista Cristiana Lôbo, ele afirmou ainda que foi uma "vitória de Lula". Leia abaixo:
A chapa Eduardo Campos e Marina Silva provavelmente não será anunciada na entrevista que será dada pelos dois logo mais, em Brasília. Mas ela está na cabeça de muita gente e faz parte do projeto de abrir o PSB para a filiação partidária do grupo que tenta fundar a Rede Sustentabilidade junto com Marina Silva. Hoje, pela manhã, Marina foi ao encontro de Roberto Freire para convidar o PPS a participar desta aliança e, assim, fortalecer a oposição à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição. Freire recusou e disse que o PPS havia oferecido a legenda a Marina, mas não iria aderir a uma frente partidária.
Na conversa, Marina deu a primeira indicação de que poderá compor como vice a chapa de Eduardo Campos. Freire deixa isso escapar quando diz que a estratégia está equivocada. “É um candidato a menos para enfrentar o PT”, disse ele, lembrando que a aliança entre Campos e Marina “é uma vitória de Lula”, pois reduz o número de opositores.
- Já não vai ter a candidatura do Serra; agora, não vai ter a candidatura de Marina. Daqui a pouco, se tirarem a do Eduardo … fica como o PT quer – disse Roberto Freire, que já havia encaminhado conversas com Eduardo Campos, antes de oferecer a legenda a Marina Silva.
Roberto Freire confirma que foi procurado nesta manhã pela ex-senadora Marina Silva. Ela foi comunicá-lo de que estava disposta a se filiar ao PSB, dado que a Rede Sustentabilidade não obteve registro na Justiça Eleitoral.
- O PPS foi comunicado e eu dei a minha avaliação de que acho um equívoco – disse Freire.
Aliados de Marina Silva dizem que o movimento dela representa “um gesto político de alta expressão, pois é o primeiro fato político além da disputa eleitoral”. Sem confirmar a transferência de Marina para o PSB – “mas, se ela não for para lá, não irá para nenhum lugar”, disse – Miro Teixeira disse que o gesto de Marina é um ato de rebeldia . “É um ato rebelde, de desobediência civil”, disse ele afirmando que Marina terá uma opção partidária “para ter participação eleitoral e disputar qualquer cargo, a presidência, a vice-presidência, o Senado ou governo estadual”.
- O que faltou a ela foi um pedaço de papel, que lhe foi negado pelo TSE – disse ele, referindo-se à autorização do registro da Rede Sustentabilidade. Em seu gesto, ela mostra que a Rede existe como partido político, se coligando com o PSB”, afirmou.
A opção pelo PSB se dá em função das ações do partido nos últimos meses, entre elas, a de impetrar mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal para sustar a liminar que impedia a tramitação do projeto que impedia que parlamentares que mudassem de partido levassem direito a fundo partidário e tempo de televisão, o que, na prática, inviabilizava a criação de novos partidos.
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