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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Inferno verde: cometa de cor estranha passará sobre a Terra

Um cometa de estranha coloração verde poderá ser visto no céu entre quinta-feira (9) e domingo (12). A cor esverdeada do corpo celeste é resultado da presença de carbono diatômico – forma gasosa de grafito.

O cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova que recebeu seu nome em homenagem a dois astrônomos que o descobriram em 1948, gira em torno do Sol a cada 5,25 anos. Em sua maior aproximação, ele percorrerá a 12,43 milhões de km da Terra. De acordo com medidas celestes, trata-se de um "lance de pedra", já que Marte, por exemplo, está pelo menos a 225 milhões de km do nosso planeta.
Desde que começou a ser observado em 1950, a aproximação do 45P no ano de 2017 será a oitava.
Small green comet "45P" is approaching Earth, to make the 8th closest comet pass since 1950: spaceweather.com    
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13 quilogramas de material extraterrestre são encontrados no deserto iraniano

Deserto Dasht-e Lut, província de Kerman, no sudeste do Irã

O grupo de geólogos da Universidade Federal dos Urais retornou da expedição de meteorito, realizada no leste do Irã. Eles conseguiram encontrar cerca de 13 quilogramas de matéria de meteorito.

Os especialistas sugerem que cerca de 80% do material sejam de origem extraterrestre. Os cientistas russos enviaram uma parte de suas descobertas para os colegas da Universidade de Kerman de Shahid Bahonar, informou em entrevista à Sputnik Persa, Viktor Grokhovsky, membro do Comitê de Meteoritos da Academia de Ciências da Rússia, famoso investigador da Universidade Federal Russa dos Urais:
"Planejávamos realizar uma expedição no deserto iraniano de Lut, onde desejávamos encontrar um mecanismo de concentração de matéria extraterrestre — meteoritos. Em resumo, a expedição foi realizada. O grupo de quatro pessoas — cientistas do laboratório Extra Terra Consortium da Universidade Federal dos Urais — realizou a expedição de teste no Irã. Em geral, a expedição teve sucesso. Com ajuda dos nossos colegas da Universidade iraniana de Kerman, recebemos quantidade suficiente de matéria extraterrestre. Durante a expedição, encontramos aproximadamente 13 quilogramas de amostras, que são consideradas meteoritos. Os nossos colegas pesquisadores ficaram com a metade da matéria no Irã, outra metade está no nosso laboratório. O material recebido foi medido e registrado. Revelou-se que a maioria dos fragmentos faz parte da mesma chuva de meteoritos. Encontramos cerca de 70 fragmentos separados. De 10 a 12 fragmentos pertencem ao mesmo meteorito. Temos que estudá-los e investigá-los no nosso laboratório, os estudantes também vão participar. Trata-se de magistrados em meteorologia. Esperamos que os estudantes iranianos também venham a nossa universidade para participar da investigação da matéria encontrada."
O professor também apontou que o laboratório científico Extra Terra Consortium da Universidade Federal dos Urais financiou toda a expedição, que recebeu 566 mil rublos (30 mil reais, aproximadamente) para despesas.
"Para determinar a idade da matéria encontrada, o cientista deve levar em consideração quando o fragmento surgiu no espaço, quando se separou do objeto parente e há quanto tempo está na Terra. A experiência mostra que muitas matérias de meteoritos são da mesma idade do nosso Sistema Solar, com cerca de 4,5 bilhões de anos. Os exemplos encontrados no Irã estão bastante oxidados. Por isso a nossa tarefa é a seguinte: determinar, considerando o nível de oxidação, há quanto tempo os fragmentos de meteoritos estão na Terra. Ao considerarmos isótopos, provavelmente, conseguiremos definir a idade cósmica, ou seja, por quanto tempo o astro cósmico de meteorito existiu como asteroide. Realizaremos uma pesquisa gigantesca e complicada."
Os planos sobre a expedição tornaram-se conhecidos já em novembro. Naquele momento, os cientistas apontaram que as condições geográficas e climáticas do deserto Lut contribuem para preservação da única matéria de meteoritos. Expedições semelhantes já foram realizadas anteriormente. Um grupo de cientistas encontrou na Antártida 103 amostras de rochas extraterrestres. 
A Universidade Federal dos Urais é considerada um dos principais centros russos de estudo de meteoritos. A universidade planeja realizar o primeiro programa de ensino de magistrados em meteorítica.