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sábado, 27 de dezembro de 2014

Cientistas propõem solução para mistério do Triângulo das Bermudas

Não é de hoje que diversas teorias são lançadas para tentar solucionar os acontecimentos que envolvem o Triângulo das Bermudas. Campos magnéticos misteriosos, furacões, correntes oceânicas e até invasão alienígena são as explicações mais comuns. Recentemente, um novo trabalho fez ganhar força uma antiga teoria, mas ainda é muito cedo para afirmar que o mistério esteja solucionado.
Triângulo das Bermudas
Segundo o estudo, realizado pelos cientistas Joseph Monaghan e David May, da Universidade Monash, na Austrália, os misteriosos casos de desaparecimento podem estar ligados a gigantescas bolhas de metano que se desprendem do fundo do oceano.
Essas bolhas são formadas durante a atividade vulcânica desenvolvida em grandes profundidades, mas permanecem presas no interior das rochas. Quando se soltam, flutuam em grande velocidade até atingirem a superfície e de acordo com as novas simulações são capazes naufragar navios e até mesmo desestabilizar aeronaves.
A conclusão foi publicada pelo periódico científico American Journal of Physics e reflete seis anos de pesquisa do fenômeno.
O trabalho de Monaghan e May não é novidade entre os acadêmicos, mas é a primeira vez que uma simulação deste tipo foi realizada em supercomputadores utilizando dados sobre a quantidade de metano armazenada nos bolsões. Antes disso, as simulações eram feitas em tanques com modelos em escala, com resultados muito similares.
Mapeamento de hidratos de metano no Triângulo das Bermudas
Há muito tempo os cientistas especulam sobre essa possibilidade e na década de 1960 o pesquisador Ivan Sanderson havia feito o primeiro mapeamento terrestre das concentrações de metano, verificando que além do Triângulo das Bermudas outros locais também apresentavam o mesmo fenômeno de grande escala, entre eles o Mar do Japão e o Mar do Norte, onde também ocorreram diversos casos de desaparecimento.
De acordo com os pesquisadores, as simulações mostraram que bolhas com grande quantidade de gás são realmente capazes de desestabilizar pequenas aeronaves que voam em baixa altitude. Além disso, os modelos confirmaram que bolhas de grande densidade podem fazer naufragar um navio de médio e grande porte ao se chocarem contra o casco.
Antes desse trabalho, alguns estudos mostraram que as bolhas de metano podiam forçar a queda de um avião pelo efeito da mudança da densidade do ar, fazendo a aeronave perder a sustentação. Além disso, por ser menos denso o metano provocaria falsas leituras no altímetro dos aviões, induzindo o piloto a acreditar que estivesse mais alto do que de fato estaria.